segunda-feira, fevereiro 27, 2006

BRINQUEDOS PARA ADULTOS

Jogos e brinquedos são mais do que uma mera diversão. Assim como a comida é mais do que apenas um combustível para o corpo (quantas pessoas você conhece que comem qualquer coisa, só porque o corpo necessita?), jogos e brinquedos são simulações de situações; uma forma de testar na prática a velha máxima do "e se acontecesse dessa forma?". Jogos e brinquedos são receitas para saborear possibilidades.

O brincar é prazeroso, claro! Mas isso o torna menos valioso como instrumento de aprendizagem, experiência e treinamento para o viver e para as situações não aprendidas na vida? É óbvio que não.


Jogos e brinquedos talvez sejam a última forma segura de imaginar possibilidades, acrescentando experiência aos participantes da brincadeira, sem necessariamente expô-los aos riscos da situação real.

A maioria dos adultos encara o brincar como uma etapa de vida indissoluvelmente ligada ao período da infância; como se agregar experiência através de simulações fosse útil apenas nos primeiros estágios da vida - nada mais errôneo de se pensar.

Dizia Albert Einstein, que a imaginação é mais importante que o conhecimento - brincar é exercitar exatamente esta função do cérebro, que paulatinamente é instada a ficar domada, encarcerada nas prisões da razão.

"Não perca tempo imaginando coisas!" dizem aqueles que já não são mais capazes de utilizar seu cérebro para delinear novas soluções. Caia nessa e você, adulto, também se tornará apenas mais um "mutilado", frente a um problema qualquer de sua vida, para o qual os mestres de plantão não ensinaram a solução. Imaginar é, portanto, solução. E tal como nas academias, se não "malhar" muito, os músculos não respondem!!


Por isso, gostaria aqui de acrescentar novas definições nos dicionários para estas duas palavrinhas - brincar e brinquedo - já que entre as definições que lá constam, a maioria descreve, erroneamente, hábitos perniciosos:


  • Brincar (verbo) - Exercitar a imaginação e a superação de obstáculos através da tentativa e erro, tal como acontece na vida, só que de forma prazerosa e sem riscos, aprendendo sem esforço.
  • Brinquedo /ê/ s.m. - simulador de situações reais, hipotéticas, imaginárias ou aleatórias.


Medite um pouco sobre isso.

Agora vá a prática! Procure uma loja de brinquedos - lá certamente há algo para exercitar em você, a fantástica imaginação que você tinha quando ainda se considerava criança. Ela lhe poderá ser muito útil hoje, no adulto, treinando-o prazerosamente para resolver problemas.

No mínimo, fará de você alguém mais completo e bem humorado. E de adultos irritados e sem perspectivas, até você já deve estar cheio...
Lucio Abbondati Jr

sábado, fevereiro 25, 2006

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALAMOS... DO ALÉM DA IMAGINAÇÃO

“Ai, que saudades do Além!”...

Esta é a frase que sempre ouvimos quando encontramos algum “filho do Além” perdido por aí. Claro que a frase é seguida por um longo suspiro e um olhar distante e isso certamente nos deixa, a mim e a Lucio, muito felizes. Assim sabemos que todo aquele trabalho, aquele sonho chamado Além da Imaginação valeu a pena, teve seu tempo e marcou, carinhosamente, a vida de muitos que por ali passaram suas tardes jogando RPG, assistindo aos filmes e seriados de TV que exibíamos sempre, lendo gibi, participando de algum curso ou evento de tarot, conversando, enfim, vivenciando um espaço único, criativo, inteligente e acima de tudo, democrático. As mais diferentes tribos se encontravam no Além e mesmo quando alguém se estranhava, rapidamente era envolvido em outra atividade e quase sempre tudo dava certo. Foram memoráveis as Festas Anuais de Jornada nas Estrelas, bem como os aniversários do Além, sempre com alguma novidade: dança, música, esquetes teatrais, brincadeiras, sorteios, gincanas...

Ai, que saudades do Além!

Foram sete anos de muitas atividades e uma profusão de novos conhecimentos, de pessoas importantes e especiais – cada uma do seu jeito – de uma riqueza ímpar como experiência cultural e humana. Tanto é, que já estamos Lucio e eu, tirando da abstração a idéia de colocarmos em livro esta fantástica realização. Estamos começando a analisar todo o material – que é muito – registrado dos eventos, das pessoas, dos projetos para dinamizá-los em uma estrutura literária. Passar adiante sete anos bem vividos de uma efervescência lúdico-cultural sem comparação na cidade de Niterói. Quiçá no estado, no país, no mundo! (menos, Lucia, menos...) Ok! Está certo, mas a verdade é que estamos aqui, filhos do Além, marcados eternamente por aquela vivência, e a maioria com certeza mantêm na lembrança boas recordações e histórias para contar aos filhos, já que os jovens de 1989, 90 e 91 hoje são pais, são profissionais que de vez em quando suspiram profundamente e dizem “Que saudades do Além!”.

Lu Abbondati

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